Pedras! Será?
Ando me questionando se é a idade, a maturidade, ou se estou ficando “eco chata” mesmo (talvez, chata já fosse...).
O que tem povoado meus pensamentos?
Pedras!

Desde já, por favor, quem trabalha com esta matéria prima, me esclareça, caso eu esteja equivocada em meu conhecimento raso. Também me desculpe, não é nada pessoal.
Voltando às pedras... Tenho visto como tendência de moda, as pedras em alta. Tanto em biojoias como na decoração. É fato que as usamos desde o tempo da pedra lascada. Porém, quero crer, que estamos evoluindo como humanidade.
Também confesso que tenho algumas peças em pedras naturais, inclusive dois pingentes que comprei anos atrás, em uma fast fashion por apenas R$9,90 cada. Uma quebrei na primeira vez que usei. Continuei usando assim mesmo, acho que seria um desrespeito jogá-la fora.


Atualmente, isso me causa questionamentos. É uma moda que prioriza a sustentabilidade, o natural, o rústico, com cara de feito à mão, mas nem tudo nesta história é recurso renovável. Caso das pedras, de diamantes à basalto, me parece. Pérolas podem ser cultivadas, madeira reflorestada, mas pedras...
Aí, fico pensando que além de as usarmos em pias, móveis, revestimentos de pisos e paredes, também as usamos em peças como louça de chá, cabos de talheres, bandejas, além de biojoias para nos adornarmos.
Tudo absolutamente lindíssimo.
Certamente não surgirão novas pedras na natureza como se pudessem se reproduzir ou aparecer através de geração espontânea. Portanto o que foi extraído, já era.
Ainda, qual é o impacto na natureza do entorno de uma jazida? Afeta as pessoas também?
Tá! Ok! Gera empregos e embelezam pessoas e espaços. Mas a que preço?
Sendo hipotética, e se tudo que seja produzido e consumido a partir de agora fosse oriundo de reciclagem daquilo que já existe. Não seria feito nem um grama de metal ou plástico novo, virgem (sei lá como se fala isso). Posso sonhar, né?!
Voltando ao meu perfil pseudo eco, sim eu também já comprei muita roupa sem olhar a etiqueta de origem. Mas nos últimos tempos, tenho tentado adotar práticas mais minimalistas. Uso muito mais o que tenho, e me pergunto o quanto realmente necessito de algo novo. E se talvez, as minhas roupas possam ser compradas e vendidas em um bom brechó. Também reutilizo a água da máquina de lavar roupas (pasme, são 21 baldes em um processo completo), separo lixo, planto frutinhas e temperinhos orgânicos, faço compostagem, mas não resisto a coisas como um lanche fast food, ou um belo churrasco.
Com isso, quero dizer que ainda estou longe de ser um exemplo ecológico. Nem estou aqui para julgar ninguém.
Estou apenas me questionando?
Revendo o que faz sentido para mim.
E analisando se de alguma forma, o bonito, olhando mais de perto, é tão lindo assim.
Se toda essa reflexão, também mexe contigo, me conta. Talvez, juntas, possamos nos esclarecermos e revermos nossos valores.
Estilo é identidade.
Nani Ximendes
Imagem Pessoal