Bom, Bonito e Barato
Quem resiste? São tantas opções, tantos desejos criados. De lançamentos à brechós, são inúmeros os convites à compra. Alguns, bem intencionados, outros, bem disfarçadinhos. No final é sempre o mesmo apelo: Compre aqui, mais do que você não precisa.
Comprar tudo o que vejo, sem limite no cartão, comprar para “divar”, usar uma só vez sem jamais repetir a produção, meu closet é infinito... Hoje, este discurso está completamente fora de moda.

O planeta não suporta mais tanto consumo inconsciente. Ouvi de Ronaldo Fraga: “A quantidade de roupa, já produzida hoje no planeta, é suficiente para os próximos quinhentos anos”. Para ficar um pouco mais por dentro do assunto, vale ler “Moda com propósito - André Carvalhal”, em seu livro o assunto é muito bem trabalhado.
Então é isso, parar de comprar? Sério? Nem uma blusinha? Um par de sapatos? Um vestidinho? (Imagine aqui a minha cara de desespero. A cara de quem vem de uma sociedade que durante séculos diz: Acumule!) Agora, “bem na minha vez” como diz Dado Schneider, não posso mais comprar nada?
Pense bem, assim como você, eu também gosto e quero andar na moda. Neste momento a moda fala de transição, em especial, a de costumes. É urgente a mudança? Sim. Mas a gente não vira a chavinha assim.
Mas então qual é a solução? Não sei. Mas sei que tem alguns caminhos possíveis. O primeiro deles é repensar o seu consumo, e ver o que você consegue fazer para mudar este processo. Mas é bem isso, sem drama, apenas o que é possível para você. Já é um excelente começo.
Outro caminho é, claro, comprar menos e melhor. Perceber o que você realmente precisa em seu guarda-roupa. Tem umas dicas sobre isto em 6 dicas de vestir para mulheres poderosas (será postado dia 26/11/2017 - 21h, já agende-se para ler o próximo blog).
Também é a vez da máxima BBB. Não o programa, né? Sim para o Bom, Bonito e Barato. Na sua moderníssima versão Bazar, Brechó, Black Friday.
Você já viu a quantidade de bazares acontecendo a sua volta? É uma forma bem bacana de comprar por um valor bem mais barato e talvez, se desfazer do que não faz mais sentido para você. Quem sabe arrecadar a blusa diva da amiga. Fazer um networking bacana, celebrar a amizade. Tudo sem incentivar a produção de roupas novas. Legal né? Ah! Tem bazar de roupa nova também. Fique de olho, mas compre só o que vale a pena mesmo. Básicos e clássicos sempre, e nada de modinha que já foi. É legal pesquisar o que vai ser moda nas estações futuras.
Brechós são incríveis fontes de histórias e clássicos. A Elle publicou um material bem legal aqui, vale a dica.
Para quem não curte roupa usada, tem a opção da Black Friday. Uma data importada que vem dando certo no Brasil. O comércio tem usado de uma forma meio maluca, começando semanas antes. O dia certo é na 4ª sexta-feira de novembro. Para nós, meros consumidores o que vale são os descontos de 70% em média. Olha eu aqui, falando em consumo... Gente, neste caso, o legal é não comprar o ano inteiro e se programar para a Black Friday. Aí, então, comprar só o que precisa mesmo. Focando em peças básicas, clássicas e atemporais.
Aluguel de roupas e acessórios é bem interessante. É o uso compartilhado. O de roupas de festa, já é um velho conhecido, mas agora tem vários bem legais. Alguns exemplos são o DRESS.4YOU ATELIER , BAG ME , e o 2ND CLOSET , estes, de roupas e bolsas. Já pensou? Usar marcas e modelos incríveis, e pagar só pelo tempo de uso. Infinitamente mais em conta do que comprar aquela Chanel só sua e deixá-la no clouset, parada o resto do ano.
Tem uma infinidade de possibilidades. Seja lá qual for a sua forma de estar na moda, de forma sustentável e consciente, o que vale mesmo é que você começou e está fazendo a sua parte colaborando com o todo.
Se você tem outra forma de consumir sem deixar uma pegada ruim no planeta, conta para a gente.
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